No sofá da alma.
Esta noite foi como todas as outras. Impaciente e intranqüila. Não conseguia dormir um só minuto ou pelo menos sabia que não conseguiria. Nos sólidos momentos que se identificava, percebia a repetição que acontecia e que não enxergava.
Era claro.
Tornou a correr pela casa. A procurar o seu pequenino porvir embrulhado. Ele havia chegada há pouco e vivia correndo. De um lado pro outro. Não tivera tempo de olhá-lo bem. Mas já não o achava parecido. Com nada. Nada do que contemplava como seu.
Era turvo.
Pincelava os cabelos com uma tinta monótona que havia comprado na esquina. Andava-se arrastando quase todo o tempo. Repetia-se sempre. Tudo.
Eram negros.
As piscadelas amotinadas. O tumultuado balançar. As cadeiras enfileiradas. O respirar conjunto de sol. De poucos felizes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário