terça-feira, março 2


Tem um pedaço de mim sem diálogos. Negro, isolado. Uma rua de mão única que dá num beco sem saída. Respira-se ofegante até ela, mas, no final, não há nada. Um muro escuro, sem lampejo. Conjunto de nós encimentadamente sozinhos. Cúmplices apenas de si. Não querem gritar, não querem fugir, não querem voar. Crescer, talvez, mas sozinhos. Olhando apenas para si. O seu silêncio sufoca a ruazinha. Onde ela se perde a cada noite. Onde cai em seus labirintos. Onde quer escutar o eco de somente das pequenas palavras repetidas que a povoam.

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