domingo, outubro 10


Eu não sei exatamente o que estou sentindo. Parece que uma cicatriz que lentamente se fecha foi escancarada e gritada. E tem umas mãos, que sozinhas, duas apenas, frágeis e belas, passam suas unhas em cada filete de sangue que já não cessará. É sem mim que pretendo ficar, por que os pedaços que se espalharam jamais poderão voltar a sê-los. Petrificados, transitam e pesam aqui dentro como uma folhinha verde para as formigas do inverno. Prefiro não existir, que seja. Contanto, que abandonados, sigamos sem memória, mas felizes.

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