segunda-feira, junho 29

A morte do amor

Como? Meus vestidos, levei todos comigo
As Rosas perderam seus botões em outros tais
Nem com teu olhar
Sorriam apenas do mal que não faríamos
Sofremos tanto pra optar por sofrer mais
Mesmo assim, me sinto mais viva
Sinto o calor do amar
Entendo infinitamente esse amor que só existe no vácuo que formam nossos corpos quando se afastam
Essa vontade correspondida de não querer
Esse clamor por distância
O vazio necessariamente feliz
A indefinição
O choro por saber que não somos mais nada
Eco de satisfação
Gritam agora as estrelas pela nossa morte
Presente não existirá por muito tempo
Fica a dúvida se outros tempos vão nos querer
O sorriso
As cores que só fazem sentido com as tuas definições solitárias
A tua insistência de fuga
- Meu grande amor,
Te cuidaria pra todo o sempre
Trançaria teus cabelos molhados de sal
Amamentaria meus filhos com teus sonhos
Pintemos então o resto,
Carregarei em mim tudo que te daria

Um comentário:

  1. e de todo amor flamejante, levemos o calor pra nós, pra longe, antes que ele nos queime a pele...

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