terça-feira, maio 17

Grãos molhados

( ) - Há tempos não contemplavas a janela tão cedo!
( )- Há tempos não me dizias nada!

E tudo tinha estado quieto, passivo, pacífico.
Ele se fora numa tarde quente, as águas ficaram apenas pelos pés, nas vagas que resolvera pisar.
Mas, aquelas palavras repetidas
Aquele soluçar constante
Aquelas nuvens na terça-feira 
Trouxeram de volta as poucas lembranças
A doce certeza perfumada
E um lenço, colorido,
Pendurado na alma
Do lado do pássaro visitante

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