sexta-feira, maio 15
se-Mente
Preciso te escrever mil vezes no meu pensamento, para que saias por aí livre de mim. Ou para que eu me liberte desta tua presença constante. Quando cheguaste, estava tudo posto, uma desordem minoritária e necessária. Insistisses como se nenhuma objeção da minha parte fizesse diferença. Permaneceste. E andas fazendo uma bagunça completamente desnecessária. Não sei mais a ordem das palavras ou do tempo. As medidas parecem mudar a cada minuto. Como se paixão fosse um sentimento involuntariamnete doce e desumano. Como se ordens superiores a instalassem nesses pequenos seres de mim. E agora nenhuma palavra faz sentido, a não ser a sua sábia aglutinação, que textificam a minha insistência de liberdade. Sábio deus das palavras. Que permite tantas inferências e subjetividades, que me permite camuflar em blocos e blocos de texto o que seria dito com apenas uma. se-Mente.
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